terça-feira, 20 de novembro de 2012

TAREFA 1 - Resenha

Anuncio que vocês tem uma tarefa a realizar, a qual será devidamente avaliada.
É a realização de uma resenha a respeito da introdução e do capítulo 1 do livro:
LUCAS, Clarinda. Leitura e interpretação em Biblioteconomia. Campinas, SP: UNICAMP, 2000. p. 13-34. ( cópia do material no xerox do CC, pasta 913).
Entrega: 14 de dezembro em sala de aula.
Avaliação da tarefa: 1,5 pontos (individual).
Critérios adotados na avaliação: entrega no dia solicitado, coerência e coesão na escrita,  poder de síntese dos principais temas abordados, análise crítica do texto.
Utilizaremos a aula do dia 7 de dezembro para lermos e discutirmos o texto em sala de aula. Por isso venham com o material para discussão em sala, o qual já deverá estar previamente lido e com as considerações e dúvidas apontadas por vocês, para que nossa discussão seja proveitosa e possa contribuir com o desenvolvimento da resenha.
Como realizar uma resenha: Uma resenha é um resumo crítico de algum objeto de consumo cultural. Pode se fazer a resenha de um livro, de um filme, de uma peça teatral, etc.
Neste caso, vocês farão a resenha de três partes da obra indicada, conforme solicitado.
A diferença entre uma resenha e um resumo é que, enquanto o resumo aborda apenas a visão do autor sobre os aspectos que a obra apresenta, uma resenha abordará, além da visão do autor, um contraponto entre o que o autor aborda na obra e a perspectiva do resenhista sobre a mesma, bem como seus comentários, questionamentos, posições e impressões.
Para auxiliar no desenvolvimento do trabalho, indico o seguinte material para consulta:
PUCRS. Como elaborar uma resenha. Disponível em: http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php
PESSOA, J. M.; NAHMIAS, M.; BRASIL, M. Diretrizes básicas para a elaboração de uma resenha. Belém, PA, 2004. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/6689720/Modelo-de-Resenhhttp://pt.scribd.com/doc/6689720/Modelo-de-Resenha
Bom trabalho!

Perguntas que nortearam a análise do texto e cujas respostas devem aparecer de algum modo na resenha.
1. O que a discussão sobre ideologia tem haver com o bibliotecário?
O discurso do bibliotecário é estabilizado por uma memória e produz um imaginário deste profissional. Há relação entre a ideologia e o bibliotecário porque a forma como o bibliotecário é visto está relacionada à ideia que se tem dele, por um imaginário formado pela memória, muitas vezes ele é visto somente como o guardião dos livros. Sua própria visão pessoal é distorcida. Este profissional não reconhece a inexistência da possibilidade de neutralidade na leitura documentária, critério ainda tão exigido e defendido por autores que tratam com o processo de indexação. Assim como também o bibliotecário não costuma questionar que sua própria ideologia, enquanto profissional, é resultado de uma história baseada em poder. Em quem tem o direito de pensar (pesquisadores, autores, escritores) e quem é pensado (bibliotecário e demais profissões que reproduzem ideologias estagnadas). 

2. Por que a autora considera falso o dilema entre o erudito/técnico, idealismo/pragmatismo?
Porque para a autora o importante é a discussão em torno do que o bibliotecário produz, do resultado da sua divisão do trabalho de leitura.

3. Segundo a divisão do trabalho de leitura, Pechêux diferencia entre sujeitos que organizam os arquivos (classificam e indexam) e sujeitos autorizados a ler, escrever e interpretar. Quem são estes dois sujeitos distintos?
Os sujeitos que organizam os arquivos são os bibliotecários e documentalistas, para quem está fadada a representação do que aqueles que produzem conhecimento escrevem e pensam. Enquanto que os sujeitos autorizados a ler, escrever, interpretar e produzir conhecimento são os pesquisadores, autores - os quais para a autora ocupam um papel de maior valorização pela sociedade. Posto que é quem tem o direito de analisar, interpretar, criticar e reescrever. Para o bibliotecário "sobra" o papel de tentar reproduzir a ideia do autor da obra. Não podendo ir além dele.

4. Qual a diferença entre a leitura como apreensão do documento (literal), da leitura interpretativa?
A leitura como apreensão do documento é a leitura técnica que o bibliotecário realiza no seu trabalho de indexador. É baseada em técnicas específicas de identificação do assunto principal da obra, enquadrando a obra em uma classe do conhecimento. Já a leitura interpretativa é aquela realizada pelos leitores não-bibliotecários, cujo interesse é crítico e está para além de concordar e reproduzir a visão do autor, interpretando-a e podendo extrapolá-la com a visão de outros autores.

5. O que para Orlandi (1994) constitui-se no "equívoco constitutivo da ideologia"?
As interpretações realizadas pelo sujeito já vem carregada de uma memória (filiação), que aparece como negada, sem que nem mesmo o sujeito se dê conta disso. Não existe a tal neutralidade sugerida por autores que tratam sobre indexação. Desse modo, fica impossível rever a prática realizada haja vista que o próprio profissional não percebe que aquilo que ele diz acreditar, não vem dele e sim de uma construção ideológica histórica de poder.

6. O que a autora quer dizer com a "ilusão da completude" em torno da prática biblioteconômica que se quer investigar?
A ilusão da completude significa que, para a autora, o bibliotecário é formado com a ideologia de que é possível representar e analisar uma obra em sua totalidade, usando para isso da neutralidade defendida pela maioria dos autores que versam sobre indexação. O que para a autora é impossível.

7. Qual é o instrumento de trabalho do bibliotecário, segundo o texto?
A leitura.

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